quinta-feira, 26 de março de 2009

Porque... [D]


Porque entraste na minha vida neste momento de fragilidade?

E se um dia vais embora?

Essa tua idade já crescida...

Essas tuas histórias já vividas...

Essa tua experiência...

Esse teu jeito...

Este meu medo...


Odeio-te...

Odeio-te com todas as minhas forças...

Odeio-te por todos os sentimentos e sensações contraditórias que fazes sentir em mim...

Odeio-te pela amargura que sinto quando dizes que não tens as respostas que eu quero ouvir... Que não sabes as respostas que eu quero ouvir… Quando me fitas com um jeito diferente e me dizes “Não é nada…”!

Sim odeio-te também nesse momento, pois lá no fundo eu sei que é algo mas tu, tu não me queres dizer o que te passa na cabeça naquele momento fugaz…

E odeio-te porque não te conheço apesar de te dares a conhecer constantemente…

Odeio-te porque não sei o que fazes, não sei o que pensas e sinto-me impotente perante a tua presença, sozinha na tua ausência...

Odeio-te, sim odeio-te...

Odeio-te quando desfolhas um livro à minha frente e finges ler tudo com muita atenção quando sei que te róis todo a pensar no que eu estarei a pensar...

E eu estou aqui à tua frente, esperando por respostas que teimas em não dar...

Ignoras as perguntas que faço sem usar palavras… e apenas o meu olhar tem a irreverência de as pronunciar…

E sim odeio-te porque não sei como dormes, em que sonhas quando dormes e onde te perdes… ou em que posição te deitas quando um frio árido te percorre a espinha… Será que te encolhes? Será que sentes o teu corpo a congelar e ficas quieto à espera que passe?

Odeio-te porque não sei o que vês, o que falas, o que tocas quando não estou por perto...

Será que falas muito? O que será que sussurras ao ouvido de desconhecidos? Que corpos tocas tu? Sentem frio ou calor? Arrepiam-se quando dás o primeiro beijo? Ou será apenas com o segundo? Ou o terceiro talvez?!

Olhas-me de novo… e eu odeio-te de novo… os teus olhos reflectem indignação e curiosidade a meu respeito...

Odeio-te por não saber nada de ti...

Odeio-te por teres tocado em mim (ter-te-ia dado tudo, bem sabes…) e eu nada conhecer de ti...

Nem o que comes ao pequeno-almoço, nem como te sentas no sofá em frente à televisão...

Odeio-te porque me perguntaste mais uma vez “O que foi?”…

Odeio todos os teus movimentos apesar de querer que eles façam parte de mim...

Odeio as páginas que desfolhas pois não é a minha vida que descobres...

Odeio quando afastas o fumo do meu cigarro com um sopro, pois parece que é a mim que rejeitas…

E odeio quando me dizes “Gostei deste poema..” “Qual?”- digo eu. “O que tu és…” de Florbela Espanca... Bonito poema, sim de facto.

Odeio todas as palavras que proferes, todos os sons irritantes que deixas escapar…

Odeio tudo em ti...

Odeio quando dizes que adoras que eu diga que te odeio porque sabes que não é verdade…

E odeio tudo em mim por querer saber tudo de ti…

Odeio-te...

Quero odiar-te… e simplesmente….não consigo…


Bahh... Mas obrigado por entrares na minha vida... (D)

terça-feira, 10 de março de 2009

=)


Hoje sinto-me muito melhor... Estes dias com vocês fizeram-me bem! Os dias com os amigos fazem sempre bem, não é? Só tive pena de não estar contigo Cátia, meu amor... Desculpa-me esta falta de tempo...

Hoje sinto que nem tudo está perdido e que o mundo não acaba por mais uma desilusão... O mundo desaba sim naqueles momentos... Nos momentos em que nada parece fazer mais sentido... Mas hoje vi que as coisas são mesmo assim...

Percebi que o futuro ninguém sabe... Percebi o teu carinho e ainda amor... Percebi tudo =)... Obrigado por seres, além de tudo o que foste nestes dois anos, o meu grande amigo... Aquele que me entende e mais conhece de mim! Como sempre disse, tu vais ao fundo da minha alma quando eu menos espero :X Gosto de ti e não deixo de lutar, mas tu mesmo sabes que este é meu feitio :P eu já ca estava ... AHAH falo por falar, digo por dizer, mas gosto de ti gosto e tu sabes bem... Sempre soubeste e nunca negaste que sabias e eu sei ver na tua cara, no teu olhar, aliás em tudo em ti, o carinho que te corrompe... A cumplicidade que nos une e que sempre nos unirá... Apesar de tudo o que houve e de tudo o que possa haver... A tua amizade é muito importante... :P Mas não chega! AHAHA sabes como sou... Quero sempre mais! Sonho muito alto e mais alto ainda tento concretizar...

Obrigado a ti...

Obrigado a ti Marina...

Obrigado a ti Rute...

Obrigado a ti Cátia (que mesmo que não desabafe sabes sempre quando estou mal)...

Obrigado a ti Dani por me fazeres sorrir sempre, nem que seja com o teu mais pequeno e simples "Olá"...

Obrigado a ti Tobias que me ouviste com carinho e afeição (não esqueço :P)

Obrigado a ti mãe, que por cima de toda a gente sabes da vida e me dás sempre as melhores opiniões...

Obrigado a todos os outros que não se afastam e não me tocam em assuntos de que não quero falar...

Obrigado novamente a todos os que me fazem manter o tal sorriso, o que vocês dizem ser... "O teu sorriso de sempre!"

quarta-feira, 4 de março de 2009

Desilusão


Hoje talvez não me apetecesse escrever tudo o que vou dizer…
Hoje soube o que previ durante algum tempo e que toda a gente me fazia louca ou nem tanto ou quanto maluca…
Hoje a minha vida mudou drasticamente… hoje soube definitivamente que não eras nem nunca voltarás a ser meu, mas sim de outro alguém… Alguém de quem gosto e por quem criei carinho desde início e que agora me vejo impossibilitada a afastar…
A minha maior estupidez foi pensar que tu estavas aqui para mim…
Como pude ser tão ingénua…
Como pude ser tão inútil…
Inútil do meu ser…
Inútil do meu viver…
Inútil de mim…
Como pude eu pensar que estavas a minha espera? Como pude eu pensar que ainda me querias? Que ainda gostavas de mim?
Como pude eu não aprender…
Ah… se eu soubesse como era a vida…
Mas as raparigas são mesmo assim, não é?
Incapazes de ver, de perceber o que lhes está à frente dos olhos, mesmo quando tudo é mais nítido do que parece… mesmo quando tudo é mais claro do que toda a gente fala e nos tenta iludir com “paleio”…
Oh Meu Deus… É só a quem me apetece pedir neste momento… É só quem eu penso ser capaz de me ouvir…
Eu bem dizia à minha mãe… “Tenho saudades dele… tenho que vê-lo…”
Ela bem me dizia… “É melhor não ires… Não faças isso que sofres…”
Mas nós lá damos ouvidos? Não… Por aqui se pode ver… Voltei cá e que recebi?
Não podias ter tido coragem suficiente para me dizeres no domingo? Não achas que me deverias ter contado? (Embora não me devesses satisfações nenhumas)
Não achas que merecia? Depois deste tempo todo?
Por cada palavra que escrevo é uma lágrima que deito…
Mas as raparias são mesmo assim…
Não estou magoada… Apenas triste… Porque quando se gosta as coisas são mesmo assim… Achas que não te tentei já tirar da minha cabeça??? Achas que não tentei esquecer-te?
Tu sabes lá como é difícil… quando a gente se afeiçoa e se apaixona verdadeiramente por uma pessoa… Achas que é fácil?...
Não sabes o quão difícil é… Não sabes como me senti nesta situação…
Que sentido faz a nossa vida sem a pessoa que gostamos? (responde-me então psicólogo)…
É esquecendo?...
É “levando numa boa?”
Como é?
Se tens as respostas para tudo explica-me isto…

(Um dia MUITO mau…)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

....


Hoje como em muitos outros dias penso esquecer-te. Penso que desta é que vou conseguir tomar coragem para te esquecer!

Fazes-me bem quando estou contigo, parece que não vai acabar e não me vais esquecer. Basta sair porta fora entra o vazio. Tento abstraír-me... Tento procurar um alguém que seja capaz de me amar, de pensar em mim quando está só!
Hoje vou esquecer-te! Hoje vou pegar nas nossas fotos e guardá-las num sítio em que tão breve não tocarei. Quando passar aquela música mudarei de estação, canal ou elimina-la-ei do meu computador. Hoje vou tentar apagar todas as lembranças recentes que estão presas na minha memória! Hoje vou resistir aos teus convites e pensar que não existes. Hoje vou apagar todas as mensagens e frases que guardei tuas. Hoje vou apagar o sabor da tua boca da minha boca e o perfume do teu corpo do meu corpo...

Hoje vou esquecer-te... Hoje vou esquecer que tu e eu fomos nós!! Hoje vou esquecer aquela festa e aqueles momentos que disseste gostar de mim...

Hoje tentarei encontrar um amor, não tanto para eu amar, mas para que me ame verdadeiramente...

Hoje vou apagar tudo, vou fechar as cartas, as lembranças que eram tuas... Hoje vou apagar as minhas memorias!

Espero que assim seja... Espero que não me volte a iludir! Não posso voltar a magoar-me acreditando que será possível o nós existir novamente!

Esta será a última carta que te escrevo.. pelo menos enquanto estiveres adormecido na minha memória!!
Um dia voltarei a abrir aquela caixa, um dia voltarei a querer rever-te... Quem sabe um dia...

terça-feira, 29 de maio de 2007

A minha vida sem ti...


Talvez a minha vida sem ti, fosse isso mesmo, uma vida incolor, sem sonhos, sem crenças.

Talvez a minha vida fosse cinzenta, da cor daquele casaco de malha que tu não gostas, que eu visto sempre que tenho frio, mesmo quando faz sol.

Tu conheces o gelo que me percorre a espinha por vezes, aquele que me estremece e abala a alma e a vira do avesso, passa um furacão em mim, e um tsunami sobre os teus dias, perante os teus olhos quando menos esperas e a tua vida acorda repentinamente à bruta, porque eu mudo como a agua escorre, mudo consoante o estado do céu e do tempo.

Eu sou uma marca temporal...

Eu sou assim, fruto da minha instabilidade, de vez em quando digo que o céu é verde, e mesmo quando teimas a minha loucura, acabas concordando com as cores que o meu mundo vêm. Talvez a minha vida sem ti não faça sentido, seja azeda e muito amarga, porque lhe faltas tu, falta-lhe a dimensão da tua doçura, o equilíbrio do teus olhos, a paz que me consegues transmitir quando o meu universo das coisas tortas desaba, quando as pernas perdem as forças e se cansam de caminhar em estradas inseguras .

A minha vida é isso mesmo, uma espécie de minas cheias de armadilhas, de caminhos tortos, de aromas abundantes, trilhos escondidos, azinhagas sem nomes...

É disso que tu tens mais medo.

Do que partilho e do que escondo, da pergunta e da resposta, do meu lado inteiro e sóbrio ou do meu lado mais vácuo e sombrio.

Nem eu sei por vezes do que sou feita, se sou a teia que se desfaz na trama, ou se não passo da agulha. Não tenho nome quando acordo gelada, e fico esquecida da minha terra, e nem sequer penso em ti como parte deste vazio que me assombra a vida mas à qual eu me entrego sempre. O amor é isto mesmo, uma profunda confusão neste jardim imenso, ora vivo, ora murcho... Lamento a agonia, mas é esta que me devolve à escrita, se perde entre as minhas mãos, em entrelinhas, sem desperdício.

Eu sou isto, sou mais que uns cabelos loiros, castanhos ou ruivos...

Do que uns olhos, castanhos, azuis ou verdes...

Mais do que uma cor preta ou branca, isso são apenas reflexos dos meus momentos de fúria e alegriade essências e cheiros, de pausas que mudam o mundo, começando por mim.

Isso são apenas partículas do que me corre no sangue...

Sinais de pontuação que me descodificam o sentimento.

Isto revela o meu lado mais perverso...O meu lado que te pertence

E o quanto me sinto perdida quando a minha vida está sem ti...

Talvez eu seja mais um dia...Maior do que as estrelas...Vendo o mundo com a perspectiva que tu vês quando olhas através dos meus olhos, ou quando me mostras o universo das coisas certas....Talvez a minha vida sem ti, fosse isso mesmo....

... *

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Chuva..


As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

segunda-feira, 5 de março de 2007

Ser forte...


Ser forte é amar alguém em silêncio
Ser forte é deixar-amar por alguém que não se ama
Ser forte é fingir alegria quando não se sente
Ser forte é sorrir quando se deseja chorar
Ser forte é consolar quando se precisa de consolo
Ser forte é calar quando o ideal seria gritar a todos sua angústia
Ser forte é irradiar felicidade quando se é infeliz
Ser forte é esperar quando não se acredita no retorno
Ser forte é manter-se calmo no desespero
Ser forte é elogiar quando se tem vontade de maldizer
Ser forte é fazer alguém feliz quando se tem o coração em pedaços
Ser forte é ter fé naquilo que não se acredita
Ser forte é perdoar alguém que não merece o perdão
Ser forte é, enfim viver quando já esta morto
Ser forte é por mais difícil que seja a vida, "ame-la", que sejas sempre forte!
=)* *