terça-feira, 29 de maio de 2007

A minha vida sem ti...


Talvez a minha vida sem ti, fosse isso mesmo, uma vida incolor, sem sonhos, sem crenças.

Talvez a minha vida fosse cinzenta, da cor daquele casaco de malha que tu não gostas, que eu visto sempre que tenho frio, mesmo quando faz sol.

Tu conheces o gelo que me percorre a espinha por vezes, aquele que me estremece e abala a alma e a vira do avesso, passa um furacão em mim, e um tsunami sobre os teus dias, perante os teus olhos quando menos esperas e a tua vida acorda repentinamente à bruta, porque eu mudo como a agua escorre, mudo consoante o estado do céu e do tempo.

Eu sou uma marca temporal...

Eu sou assim, fruto da minha instabilidade, de vez em quando digo que o céu é verde, e mesmo quando teimas a minha loucura, acabas concordando com as cores que o meu mundo vêm. Talvez a minha vida sem ti não faça sentido, seja azeda e muito amarga, porque lhe faltas tu, falta-lhe a dimensão da tua doçura, o equilíbrio do teus olhos, a paz que me consegues transmitir quando o meu universo das coisas tortas desaba, quando as pernas perdem as forças e se cansam de caminhar em estradas inseguras .

A minha vida é isso mesmo, uma espécie de minas cheias de armadilhas, de caminhos tortos, de aromas abundantes, trilhos escondidos, azinhagas sem nomes...

É disso que tu tens mais medo.

Do que partilho e do que escondo, da pergunta e da resposta, do meu lado inteiro e sóbrio ou do meu lado mais vácuo e sombrio.

Nem eu sei por vezes do que sou feita, se sou a teia que se desfaz na trama, ou se não passo da agulha. Não tenho nome quando acordo gelada, e fico esquecida da minha terra, e nem sequer penso em ti como parte deste vazio que me assombra a vida mas à qual eu me entrego sempre. O amor é isto mesmo, uma profunda confusão neste jardim imenso, ora vivo, ora murcho... Lamento a agonia, mas é esta que me devolve à escrita, se perde entre as minhas mãos, em entrelinhas, sem desperdício.

Eu sou isto, sou mais que uns cabelos loiros, castanhos ou ruivos...

Do que uns olhos, castanhos, azuis ou verdes...

Mais do que uma cor preta ou branca, isso são apenas reflexos dos meus momentos de fúria e alegriade essências e cheiros, de pausas que mudam o mundo, começando por mim.

Isso são apenas partículas do que me corre no sangue...

Sinais de pontuação que me descodificam o sentimento.

Isto revela o meu lado mais perverso...O meu lado que te pertence

E o quanto me sinto perdida quando a minha vida está sem ti...

Talvez eu seja mais um dia...Maior do que as estrelas...Vendo o mundo com a perspectiva que tu vês quando olhas através dos meus olhos, ou quando me mostras o universo das coisas certas....Talvez a minha vida sem ti, fosse isso mesmo....

... *

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Chuva..


As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

segunda-feira, 5 de março de 2007

Ser forte...


Ser forte é amar alguém em silêncio
Ser forte é deixar-amar por alguém que não se ama
Ser forte é fingir alegria quando não se sente
Ser forte é sorrir quando se deseja chorar
Ser forte é consolar quando se precisa de consolo
Ser forte é calar quando o ideal seria gritar a todos sua angústia
Ser forte é irradiar felicidade quando se é infeliz
Ser forte é esperar quando não se acredita no retorno
Ser forte é manter-se calmo no desespero
Ser forte é elogiar quando se tem vontade de maldizer
Ser forte é fazer alguém feliz quando se tem o coração em pedaços
Ser forte é ter fé naquilo que não se acredita
Ser forte é perdoar alguém que não merece o perdão
Ser forte é, enfim viver quando já esta morto
Ser forte é por mais difícil que seja a vida, "ame-la", que sejas sempre forte!
=)* *

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Mas porque?


Não deveria estar a sentir-me tão péssima comigo mesma...
Já deveria estar à espera de me sentir sozinha!...
Claro que deveria!! Fui tão estúpida...
Mas pronto foi uma decisão... Nem sei porque choro, nem sei porque me sinto assim... Se eu já estava à espera!!
Já me sinto tão sozinha... Afinal eras mais do que mera companhia, afinal eras mito mais do que pensava que tu eras para mim!! Afinal tudo o que eu sinto era mais do que eu pensava que sentia...
E ver-te ir assim...
Ai como me custa ver-te ir assim.. Mas eu tambem não queria que fosses assim..
Agora o que está feito, está feito e talvez tudo não tenha passado de uma simples ilusão... Não, não, não... foi mesmo um sonho, um sonho bom... só que agora acordei e sinto-me sozinha... Sinto tanto frio!
Mass ficará sempre a recordação do que foi... talvez pouco, mas bom... Algo que eu não queria que acabasse...
Vou parar de escrever que eu já não digo coisa com coisa...

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

O medo...


Tenho nas minhas mãos uma tarefa que me irá custar muito a realizar....
Às vezes penso que o melhor será ir por alí, outras julgo que será mais proveitoso seguir por acolá!
E vivo neste impasse de não saber o que fazer!
Estou a conhecer este novo mundo da pura indecisão...
Um mundo que nada tem de maravilhoso!
Se eu pudesse juntar tudo num só lugar, tudo seria mais fácil.
Mas como ouço dizer, a vida não seria bela se estes desafios não existissem...
Espero saber o que fazer na altura certa.
E que o meu anjo me ilumine as ideias...
O anjo no qual não sei se acredito...
Por vezes parece que está comigo, outras parece ridiculo pensar em tal coisa....
Depois vem o medo de amar...
O medo que é como um dragão, fantástico no seu poder de destruição e mágico pelos seus segredos, lendas que o rodeiam...
Ele é paralisante! Quando permitimos alimenta o nosso presente com recordações do passado...
Este medo em especial impede a criação de vinculos reais e impossibilita a entrega total numa relação...
Acredito que por detras do medo de amar... esconde-se o medo de sofrer, de se ser rejeitado em algum momento, de ser abandonado e pelo medo de não sermos amados, não amamos!

Mas também "Arriscar é perder o pé por algum tempo... Não arriscar é perder a vida..."

=) dreamer*